Tenho fascinação pelo norte e nordeste do país e nunca nutri nenhum desejo de seguir para o sul a turismo, embora ouvisse falar das cidades floridas, limpas e de cultura européia que marcam tais estados. Bom mas se meu projeto é conhecer todo o Brasil antes de rumar para viagens estrangeiras não posso descartar nada. Segui para os dois estados costeiros que me faltavam conhecer em 2008. Chegada com dias chuvosos mas encantadores, gostei muito de Curitiba, o povo é bastante provinciano, recatado mas receptivo; uma coisa meio rural que eu gosto muito. Fiz toda a Linha Turismo onde o usuário paga e recebe uma cartela que lhe dá direito a um embarque e três reembarques, o que permite que a pessoa escolha o ponto turístico que quer conhecer melhor. São com 23 pontos turísticos, deles todos adorei o bairro Santa Felicidade, adorei. Depois fui no trem da Serra Verde até Morretes que é uma viagem lindíssima, segui para Paranaguá que é linda, não podia imaginar uma cidadezinha tão linda; caminhei por todas as ruas que tem uma arquitetura de açoriana inesquecível. Almocei por lá e voltei de ônibus para Curitiba viajando no dia seguinte.
Saí as 23h de Curitiba para chegar a Foz do Iguaçu as 6 da manhã; o passeio as cataratas é gratificante. A principio achei o passeio meio chato, parecia mais uma obrigação ter que conhecer a oitava maravilha do mundo. Depois a medida que ia descendo a mata e sentindo aquele ar úmido e ouvindo um barulho cada vez maior de água caindo, me misturando com pessoas de várias nacionalidades fui saboreando o mais o passeio.
Sabe que não adianta alguém me dizer que gostou ou não de algo se eu mesma não provar. Assim foi com a catarata, me emocionei!!!! Quando cheguei por fim pertinho e vi aquelas nuvens nascendo das águas tocou meu coração. Lembrei de quando as professoras de ciência simulavam o nascimento de uma chuva fervendo uma caneca de água e fazendo evaporar. Que aula lastimável, todas as aulas de ciências deveriam iniciar no Foz do Iguaçu, imaginem só as crianças verem as nuvens se formando ali pertinho delas... que máximo seria, fui também a Usina de Itaipú só por conhecer; queria conhecer a única mesquita muçulmana da América do Sul e um templo budista que tem lá mas não deu, a mesquita estava fechada e não tive tempo para o templo. De Foz segui para Ciudad Del Leste que não suportei, segui em frente fui até a rodoviária deles e peguei aqueles caminhões coloridos disfarçados de ônibus rumo a um lugar distante só para ver como era. Não me aventurei mais porque não tinha muito tempo mas o meu desejo era ir até Assunción dessa forma, depois soube que há um trem que sai do Rio para o Paraguay e Argentina e coloquei nos meus futuros roteiros. Por isso voltei e segui para Florianópolis pela costa, praias lindas.
Não quis ficar muito tempo em Florianópolis, fiquei num hotel distante em Cacupé e isso me dificultou circular mais. Mas foi uma ótima viagem de boas lembranças.
Rio São Francisco/ Sergipe/ Alagoas
Minha viagem por anos planejada!!!! Desde que começou a polemica da transposição do rio São Francisco mantenho esse desejo de ver de perto e ter a minha própria opinião a respeito do assunto; enfim em 2007 consegui subir o rio São Francisco até a foz.
A Bacia do São Francisco tem a seguinte divisão:
Alto SF – desce a nascente até a Cachoeira de Pirapora em Minas Gerais.
Médio SF – da Cachoeira de Pirapora até a barragem de Sobradinho na Bahia.
Submédio SF – da barragem de Sobradinho até a barragem do Xingó em Sergipe.
Baixo SF – do Xingó ao Atlântico, foz do rio.
Minha intenção era sair de Pirapora e seguir pelo rio quando desse ou pelas cidades ribeirinhas quando fosse necessário, mas passei por semanas de chuva intensa e desisti desse trajeto iniciando a viagem já em Bom Jesus da Lapa.
Daí minha decepção, muitos trechos que não são navegáveis tiveram de ser feitos em ônibus, peruas ou carroceria de camionete em estradas barrentas e cheias de buracos. Persisti no meu roteiro até onde consegui, e achei trechos navegáveis onde segui em cima de “tototós” (aquelas canoinhas a motor usadas pelos ribeirinhos), isso sim foi o máximo. Na verdade eles seguem de uma cidade a outra levando alimentos para venderem ou trocarem, mas embaixo de chuva tudo dava medo, até mesmo de assalto no rio que dizem acontecem muito. Dizem que no trecho de Petrolina, Juazeiro e Cabrobó são onde ocorrem os mais altos índices de violência no Velho Chico.
Atravessei até chegar a Canindé do São Francisco, desse trecho em diante se encontra com mais facilidade as embarcações turísticas, mesmo assim quis ir parte do sertão sergipano por terra para ter mais contato com o povo que são contadores de história maravilhosos. E para quem sempre colocava o tema da transposição para poder ouvir suas opiniões. No caminho descobri a casa de uma senhora que vende doces caseiros e conheci o “doce de pão”, inimaginável!!! Sentei na varanda da casa dela junto ao seu pai, um senhor um pouco surdo que me contou ótimas histórias, fiquei fascinada e nem me preocupei com o tempo.
Chegando a Sergipe refiz minha programação para poder conhecer cidades próximas, segui para Laranjeiras num sábado onde encontrei uma feira maravilhosa, sempre quando viajo adoro visitar mercados e feiras, nesse lugares é que se encontram os verdadeiros nativos e sua gastronomia. É onde somos apresentados as frutas desconhecidas, aos costumes da cidade, tudo é muito sonoro e colorido, descobri a buchada de peixe. No dia seguinte a minha chegada segui numa escuna até o lago do Xingu, a Gruta do Talhado e os Canyons, que são formações rochosas e integram os três estados: Sergipe, Alagoas e Bahia. Ali paramos para um mergulho. Na volta paramos no restaurante flutuante Karrancas’s e me deliciei com uma “pituzada”.
Dia seguinte rumei para Alagoas por terra e me recordei das aulas de história na infância quando se falava em coronelismo. Não é muito diferente nos dias de hoje em áreas rurais do sertão. Também lembrei dos famosos canaviais, por incrível que pareça toda a estrada de Sergipe a Alagoas é ladeado de canavial ou plantação de soja. É um mar de plantação, isso me incomodou muito.
Tive uma péssima impressão quando cheguei a Alagoas, dei logo de cara com uma favela com esgoto a céu aberto. No budismo dizemos que o nosso estado de espírito se reflete na nossa expressão e as pessoas que encontrei por lá expressam miséria, não foi um lugar que me agradou, nem onde me senti a vontade e olha que já andei muito por aí. De Alagoas segui para Penedo, Piaçabuçu até a foz que costuma ser feito com a companhia de um fiscal do IBAMA, já que o delta faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) de Piaçabuçu. Viajei ao lado do comandante porque chovia muito e era a parte mais fechada do barco, isso foi ótimo porque ele me contou muitas histórias dessas idas e vindas no velho Chico. Me mostrou as áreas onde o mar já venceu o rio, as cidades ribeirinhas que estão sofrendo com a dificuldade na pesca, os pontos de paradas dos viajantes no meio do mato, os coqueirais, me contou aquilo que os guias turísticos não contam.
Só o que me faltou ver foram as famosas carrancas que ilustravam as revistas quando se falava das lendas do Chico, dos seres protetores, dos espíritos amaldiçoados. Enfim atravessei o rio sem dissabores mas levando comigo uma riqueza de histórias que não consegui registrar em nenhuma máquina fotográfica mas na minha lembrança. Segundo uma lenda indígena, conta-se que houve uma guerra no norte e os guerreiros do chapadão, onde várias tribos viviam felizes, seguiram para a luta. Eram tantos homens que seus passos cavaram um grande sulco na terra. O noivo da índia Iati foi um dos que partiram para a batalha. Ela chorou sem parar de saudades de seu amor, suas lágrimas caíram de uma enorme cascata, encheram o sulco aberto pelos guerreiros até o norte, até se derramarem no mar...
Cantava o rei do baião: “o rio São Francisco vai bater no meio do mar. Se eu fosse um peixe, ao contrário do rio, nadava contras as águas e, nesse desafio, saía lá do mar pro riacho do navio...”. Luiz Gonzaga faz uma sábia recomendação, a de fazer a viagem pelo avesso, seguindo o curso do maior rio brasileiro até suas primeiras águas.
A Bacia do São Francisco tem a seguinte divisão:
Alto SF – desce a nascente até a Cachoeira de Pirapora em Minas Gerais.
Médio SF – da Cachoeira de Pirapora até a barragem de Sobradinho na Bahia.
Submédio SF – da barragem de Sobradinho até a barragem do Xingó em Sergipe.
Baixo SF – do Xingó ao Atlântico, foz do rio.
Minha intenção era sair de Pirapora e seguir pelo rio quando desse ou pelas cidades ribeirinhas quando fosse necessário, mas passei por semanas de chuva intensa e desisti desse trajeto iniciando a viagem já em Bom Jesus da Lapa.
Daí minha decepção, muitos trechos que não são navegáveis tiveram de ser feitos em ônibus, peruas ou carroceria de camionete em estradas barrentas e cheias de buracos. Persisti no meu roteiro até onde consegui, e achei trechos navegáveis onde segui em cima de “tototós” (aquelas canoinhas a motor usadas pelos ribeirinhos), isso sim foi o máximo. Na verdade eles seguem de uma cidade a outra levando alimentos para venderem ou trocarem, mas embaixo de chuva tudo dava medo, até mesmo de assalto no rio que dizem acontecem muito. Dizem que no trecho de Petrolina, Juazeiro e Cabrobó são onde ocorrem os mais altos índices de violência no Velho Chico.
Atravessei até chegar a Canindé do São Francisco, desse trecho em diante se encontra com mais facilidade as embarcações turísticas, mesmo assim quis ir parte do sertão sergipano por terra para ter mais contato com o povo que são contadores de história maravilhosos. E para quem sempre colocava o tema da transposição para poder ouvir suas opiniões. No caminho descobri a casa de uma senhora que vende doces caseiros e conheci o “doce de pão”, inimaginável!!! Sentei na varanda da casa dela junto ao seu pai, um senhor um pouco surdo que me contou ótimas histórias, fiquei fascinada e nem me preocupei com o tempo.
Chegando a Sergipe refiz minha programação para poder conhecer cidades próximas, segui para Laranjeiras num sábado onde encontrei uma feira maravilhosa, sempre quando viajo adoro visitar mercados e feiras, nesse lugares é que se encontram os verdadeiros nativos e sua gastronomia. É onde somos apresentados as frutas desconhecidas, aos costumes da cidade, tudo é muito sonoro e colorido, descobri a buchada de peixe. No dia seguinte a minha chegada segui numa escuna até o lago do Xingu, a Gruta do Talhado e os Canyons, que são formações rochosas e integram os três estados: Sergipe, Alagoas e Bahia. Ali paramos para um mergulho. Na volta paramos no restaurante flutuante Karrancas’s e me deliciei com uma “pituzada”.
Dia seguinte rumei para Alagoas por terra e me recordei das aulas de história na infância quando se falava em coronelismo. Não é muito diferente nos dias de hoje em áreas rurais do sertão. Também lembrei dos famosos canaviais, por incrível que pareça toda a estrada de Sergipe a Alagoas é ladeado de canavial ou plantação de soja. É um mar de plantação, isso me incomodou muito.
Tive uma péssima impressão quando cheguei a Alagoas, dei logo de cara com uma favela com esgoto a céu aberto. No budismo dizemos que o nosso estado de espírito se reflete na nossa expressão e as pessoas que encontrei por lá expressam miséria, não foi um lugar que me agradou, nem onde me senti a vontade e olha que já andei muito por aí. De Alagoas segui para Penedo, Piaçabuçu até a foz que costuma ser feito com a companhia de um fiscal do IBAMA, já que o delta faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) de Piaçabuçu. Viajei ao lado do comandante porque chovia muito e era a parte mais fechada do barco, isso foi ótimo porque ele me contou muitas histórias dessas idas e vindas no velho Chico. Me mostrou as áreas onde o mar já venceu o rio, as cidades ribeirinhas que estão sofrendo com a dificuldade na pesca, os pontos de paradas dos viajantes no meio do mato, os coqueirais, me contou aquilo que os guias turísticos não contam.
Só o que me faltou ver foram as famosas carrancas que ilustravam as revistas quando se falava das lendas do Chico, dos seres protetores, dos espíritos amaldiçoados. Enfim atravessei o rio sem dissabores mas levando comigo uma riqueza de histórias que não consegui registrar em nenhuma máquina fotográfica mas na minha lembrança. Segundo uma lenda indígena, conta-se que houve uma guerra no norte e os guerreiros do chapadão, onde várias tribos viviam felizes, seguiram para a luta. Eram tantos homens que seus passos cavaram um grande sulco na terra. O noivo da índia Iati foi um dos que partiram para a batalha. Ela chorou sem parar de saudades de seu amor, suas lágrimas caíram de uma enorme cascata, encheram o sulco aberto pelos guerreiros até o norte, até se derramarem no mar...
Cantava o rei do baião: “o rio São Francisco vai bater no meio do mar. Se eu fosse um peixe, ao contrário do rio, nadava contras as águas e, nesse desafio, saía lá do mar pro riacho do navio...”. Luiz Gonzaga faz uma sábia recomendação, a de fazer a viagem pelo avesso, seguindo o curso do maior rio brasileiro até suas primeiras águas.
Belo Horizonte x Espírito Santo
Em abril de 2006 segui de férias para Espítiro Santo saindo de Belo Horizonte de trem da CVRD (www.tremdepassageiro.com.br ou ligue para 0800 285 7000). O trem sai da capital mineira às 7h30min e o fim da viagem ocorre às 20h10min, em Vitória; tem ar condicionado, serviço de bordo e vagão restaurante que não me agradou muito mas de resto é legal.
Quando cheguei em BH o trem já estava lotado mas por sorte eu havia feito a reserva ainda no Rio e correu tudo bem. O vagão executivo é o melhor, não tem mal cheiro é limpo e confortável, mas tem o vagão econômico que é popular, aberto e me parece mais divertido para quem gosta de aventura. Um dia vou viajar nesse no sentido contrário.
Percorri a rota do minério: Belo Horizonte, Santa Bárbara, Barão de Cocais, Rio Piracicaba, João Monlevade, Itabira (berço da Companhia Vale do Rio Doce e do poeta Carlos Drummond de Andrade, está localizada a 110km de Belo Horizonte. A cidade possui a maior mina de minério de ferro a céu aberto do mundo, com reservas que garantem a extração de minério de ferro pela Companhia Vale do Rio Doce por pelo menos mais 75 anos - http://www.circuitodoouro.tur.br/itabira.php), Nova Era, Antonio Dias, Timóteo, Ipatinga, Ipaba, Cachoeira Escura, Periquito, Açucena, Gov. Valadares (http://www.valadares.mg.gov.br/not_vis.asp?cd=166), Tumiritinga, Galiléia, Barra do Cuietê, Conselheiro Pena, Crenaque, Resplendor, Aimorés, Baixo Guandu, Colatina, João Neiva, Ibiraçu, Fundão, Cariacica.
No trem conheci uma capixaba, Marilene, que fez questão de me levar ao hotel onde eu iria ficar, no centro de Vitória quando chegamos. Achei isso muito legal, trocamos telefone mas não tive mais contato.
Quando cheguei em BH o trem já estava lotado mas por sorte eu havia feito a reserva ainda no Rio e correu tudo bem. O vagão executivo é o melhor, não tem mal cheiro é limpo e confortável, mas tem o vagão econômico que é popular, aberto e me parece mais divertido para quem gosta de aventura. Um dia vou viajar nesse no sentido contrário.
Percorri a rota do minério: Belo Horizonte, Santa Bárbara, Barão de Cocais, Rio Piracicaba, João Monlevade, Itabira (berço da Companhia Vale do Rio Doce e do poeta Carlos Drummond de Andrade, está localizada a 110km de Belo Horizonte. A cidade possui a maior mina de minério de ferro a céu aberto do mundo, com reservas que garantem a extração de minério de ferro pela Companhia Vale do Rio Doce por pelo menos mais 75 anos - http://www.circuitodoouro.tur.br/itabira.php), Nova Era, Antonio Dias, Timóteo, Ipatinga, Ipaba, Cachoeira Escura, Periquito, Açucena, Gov. Valadares (http://www.valadares.mg.gov.br/not_vis.asp?cd=166), Tumiritinga, Galiléia, Barra do Cuietê, Conselheiro Pena, Crenaque, Resplendor, Aimorés, Baixo Guandu, Colatina, João Neiva, Ibiraçu, Fundão, Cariacica.
No trem conheci uma capixaba, Marilene, que fez questão de me levar ao hotel onde eu iria ficar, no centro de Vitória quando chegamos. Achei isso muito legal, trocamos telefone mas não tive mais contato.
Fortaleza/Jericoacara/Natal/João Pessoa/Recife
Quis conhecer a esquina do Nordeste de que tanto falavam e segui para Fortaleza em 2005, cheguei em meio ao carnaval e não me identifiquei muito com a cidade não. Fui logo para Jericoacara onde aproveitei três dias de vida boa. Depois segui para Natal, João Pessoa (que adorei) e Recife para visitar minha irmã que vive por lá. Tive algumas experiências diferentes em Fortaleza já que nunca tinha me hospedado em albergues e acabei conhecendo muitos gringos por lá, muito mais do que viajantes brasileiros. Eles tem uma necessidade voraz de conhecerem tudo e acho que conseguem melhor do que nós.
Costa do Sauipe – Salvador
Conheci a Costa exatamente no dia 30 de agosto de 2004, fiquei hospedada no Breezes como presente de aniversário de uma amiga que trabalha no setor turístico. Minha adora “Ju” me presenteou assim, tudo pago num fim de semana maravilhoso. O Breezes é o mesmo que tem na Jamaica, Bahamas, Republica Dominicana, Curaçao; mira que regalo ese!!!!!! Tudo é lindo lá, na vila da Costa do Sauípe provei numa loja de conveniência o “sorvete deformado”. Como a luz sempre acaba por aqueles lados, o sorvete não resiste ao calor e ganha um formato novo; daí o nome “sorvete deformado”.
A Costa do Sauípe ocupa uma das mais belas paisagens da Linha Verde, no litoral norte da Bahia, a 70 km de Salvador. Numa área de 176 hectares, três das maiores empresas de hotelaria do mundo - Accor, Marriott e SuperClubs - construíram cinco diferentes hotéis, cada um com suas próprias características. Mas não é só o tamanho do empreendimento nem a beleza natural da região que chamam atenção à primeira vista. A filosofia empresarial que impera na construção do complexo deve ser ressaltada. Na região de Sauípe existem 31 comunidades vivendo apenas da pesca primitiva e da produção artesanal de farinha e produtos de utilidade doméstica. O Sauípe S.A desenvolveu um projeto de assimilação da mão-de-obra local. Não querem que aconteça o que ocorre em outros locais do Caribe e do Brasil, onde ao lado de um paraíso turístico, criado para receber visitantes de todo o mundo, passe a existir um grande bolsão de pobreza. Para tanto, contam com auxílio do Instituto de Hospitalidade, uma ONG financiada pela Odebrecht e por inúmeras outras instituições hoteleiras brasileiras, que atua no setor turístico na Bahia. Em outra vertente, o IH procura fortalecer a identidade dos povos, mostrando a eles a história que lhes cabe e as oportunidades que advém com a chegada do complexo hoteleiro.
A Costa do Sauípe ocupa uma das mais belas paisagens da Linha Verde, no litoral norte da Bahia, a 70 km de Salvador. Numa área de 176 hectares, três das maiores empresas de hotelaria do mundo - Accor, Marriott e SuperClubs - construíram cinco diferentes hotéis, cada um com suas próprias características. Mas não é só o tamanho do empreendimento nem a beleza natural da região que chamam atenção à primeira vista. A filosofia empresarial que impera na construção do complexo deve ser ressaltada. Na região de Sauípe existem 31 comunidades vivendo apenas da pesca primitiva e da produção artesanal de farinha e produtos de utilidade doméstica. O Sauípe S.A desenvolveu um projeto de assimilação da mão-de-obra local. Não querem que aconteça o que ocorre em outros locais do Caribe e do Brasil, onde ao lado de um paraíso turístico, criado para receber visitantes de todo o mundo, passe a existir um grande bolsão de pobreza. Para tanto, contam com auxílio do Instituto de Hospitalidade, uma ONG financiada pela Odebrecht e por inúmeras outras instituições hoteleiras brasileiras, que atua no setor turístico na Bahia. Em outra vertente, o IH procura fortalecer a identidade dos povos, mostrando a eles a história que lhes cabe e as oportunidades que advém com a chegada do complexo hoteleiro.
Manaus - Selva Amazônica
Desde criança que esperava por essa viagem, a Floresta Amazônica já habitava o meu inconsciente. Sobrevoar Manaus em 12/10/2003 foi como voltar as aulas de história da época de escola quando se falava que lá era o “pulmão” do Brasil, e que lá habitavam índios heróicos, nus, valentes, coloridos de penas de aves, de animais desconhecidos, de cobras e onças que devoravam intrusos.
Quando conheci Manaus entendi o sentido de uma rede, de uma moleza no corpo só explicado depois que se experimenta o clima quente e úmido de lá. Se falava que índio era preguiçoso, então eu me tornei preguiçosa logo quando cheguei e não consegui fazer mais nada. Fui a trabalho e não conseguia fazer muita coisa diante daquela linha do Equador me amarrando a disposição. Bom depois conclui meu trabalho a contento e tive a oportunidade de vaguear por lá, pelo rio Negro, pelas Anavilhanas, no Hotel Ariaú, pelos igarapés, pela Zona Franca. Almocei com nativos em fazenda no meio do rio Negro, comi muito churrasco de tambaqui, açaí, buriti, cupuaçu, pupunha, tucumã. Eu entrei na selva!!!!
Circulei pela cidade como uma índia que nunca tinha vindo a civilização!
Quando conheci Manaus entendi o sentido de uma rede, de uma moleza no corpo só explicado depois que se experimenta o clima quente e úmido de lá. Se falava que índio era preguiçoso, então eu me tornei preguiçosa logo quando cheguei e não consegui fazer mais nada. Fui a trabalho e não conseguia fazer muita coisa diante daquela linha do Equador me amarrando a disposição. Bom depois conclui meu trabalho a contento e tive a oportunidade de vaguear por lá, pelo rio Negro, pelas Anavilhanas, no Hotel Ariaú, pelos igarapés, pela Zona Franca. Almocei com nativos em fazenda no meio do rio Negro, comi muito churrasco de tambaqui, açaí, buriti, cupuaçu, pupunha, tucumã. Eu entrei na selva!!!!
Circulei pela cidade como uma índia que nunca tinha vindo a civilização!
Belo Horizonte
Segui para BH pela primeira vez em 2002 a trabalho e a grande surpresa foi ter encontrado o meu amigo “Marcos Uchoa” sem combinar naquele “trem bão!”...
Rio Grande do Sul
Em 2002 estive em Porto Alegre a trabalho e tive a oportunidade de conhecer Gramado, Canela, Três Coroas, Igrejinha, todo aquele circuito turistico.
Gramado localiza-se na Serra Gaúcha, mais precisamente na Região das Hortênsias, tem uma forte influência alemã e italiana, o que foi uma descoberta para mim.
Aproveitei a estadia pelas imediações para visitar o templo budista em Três Coroas, uma das tantas réplicas do Templo de Padmasambava, mas a única construída do modo tradicional fora da Ásia, completando um ano da minha conversão ao budismo é que lá descobri que não sou adepta do budismo tibetano, sou adepta do budismo japonês disseminado por Nitiren Daishonin (www.bsgi.com.br). Me faltava estudar o budismo profundamente naquela época para saber que não sigo um Buda mas que eu própria sou um Buda, que você é e todos nós somos budas; o que nos falta é despertar para esse estado de espírito.
De qualquer maneira fiquei encantada com esse templo do budismo tibetano, as paredes do templo onde acontecem as cerimönias contam a história da vida do Buda Shakyamuni. O teto, também colorido, é todo trabalhado com madeira e a sala é cheia de ornamentos e imagens. Sobre as prateleiras do altar há escrituras e textos sagrados. São o Kanjûr, de 108 volumes que contem 84.000 ensinamentos do Buda histórico que foram recolhidos por seus discípulos, e o Tanjûr de 227 volumes, que são os comentários dos grandes mestres sobre esses ensinamentos. Os textos são em folha solta, meticulosamente copiados e traduzidos para o tibetano à mão e são protegidos por tecidos coloridos que embelezam mais ainda a parte interna do templo. Esses textos, que o Brasil tem o privilégio de abrigar, são o resultado de 6 séculos de trabalho e alguns deles são o último testemunho original do patrimônio tibetano quase destruído com a invasão da China em 1959.
Fora do templo há duas casas de rodas de oração, que são cilindros de metal e madeira gravados com emblemas e preces, que giram no sentido horário durante todo o dia. Dentro das rodas há milhares de mantras escritos em papel. O giro da roda representa a repetição das preces e mantras e o vento que as toca espalha as benções dessas preces para todo o universo. Nos jardins há estátuas, casas de lamparina para homenagens, monumentos que representam as virtudes de Buda e uma replica de uma morada sagrada do Tibet que abrigam as cinzas do Rinpoche. Há também as bandeiras de oração - centenas de bandeiras impressas com mantras que espalham bençãos ao vento.
Gramado localiza-se na Serra Gaúcha, mais precisamente na Região das Hortênsias, tem uma forte influência alemã e italiana, o que foi uma descoberta para mim.
Aproveitei a estadia pelas imediações para visitar o templo budista em Três Coroas, uma das tantas réplicas do Templo de Padmasambava, mas a única construída do modo tradicional fora da Ásia, completando um ano da minha conversão ao budismo é que lá descobri que não sou adepta do budismo tibetano, sou adepta do budismo japonês disseminado por Nitiren Daishonin (www.bsgi.com.br). Me faltava estudar o budismo profundamente naquela época para saber que não sigo um Buda mas que eu própria sou um Buda, que você é e todos nós somos budas; o que nos falta é despertar para esse estado de espírito.
De qualquer maneira fiquei encantada com esse templo do budismo tibetano, as paredes do templo onde acontecem as cerimönias contam a história da vida do Buda Shakyamuni. O teto, também colorido, é todo trabalhado com madeira e a sala é cheia de ornamentos e imagens. Sobre as prateleiras do altar há escrituras e textos sagrados. São o Kanjûr, de 108 volumes que contem 84.000 ensinamentos do Buda histórico que foram recolhidos por seus discípulos, e o Tanjûr de 227 volumes, que são os comentários dos grandes mestres sobre esses ensinamentos. Os textos são em folha solta, meticulosamente copiados e traduzidos para o tibetano à mão e são protegidos por tecidos coloridos que embelezam mais ainda a parte interna do templo. Esses textos, que o Brasil tem o privilégio de abrigar, são o resultado de 6 séculos de trabalho e alguns deles são o último testemunho original do patrimônio tibetano quase destruído com a invasão da China em 1959.
Fora do templo há duas casas de rodas de oração, que são cilindros de metal e madeira gravados com emblemas e preces, que giram no sentido horário durante todo o dia. Dentro das rodas há milhares de mantras escritos em papel. O giro da roda representa a repetição das preces e mantras e o vento que as toca espalha as benções dessas preces para todo o universo. Nos jardins há estátuas, casas de lamparina para homenagens, monumentos que representam as virtudes de Buda e uma replica de uma morada sagrada do Tibet que abrigam as cinzas do Rinpoche. Há também as bandeiras de oração - centenas de bandeiras impressas com mantras que espalham bençãos ao vento.
Salvador
No carnaval de 2000 estive em Salvador pela primeira vez hospedada na Ladeira da Fonte em Campo Grande na casa do meu grande amigo “Marcos Uchoa”. Aproveitei muito, ri muito e me diverti muito, foi ele que me mostrou a Bahia que não aparece na mídia. Depois no carnaval de 2001 voltei para casa desse mesmo amigo agora no Porto da Barra e em outubro de 2001 voltei a trabalho para montar um stand num congresso. Fiquei no Hotel Othon na praia de Ondina, relembrando os carnavais passados e divertidos. A trabalho em Salvador aprendi a desligar as turbinas, esse povo é único!!!!
Recife
Aproveitei as férias de 1999 para levar meus pais para conhecerem Recife, foi um presente e tanto para minha mãe que nunca tinha andado de avião e eu devia isso prá ela. Aproveitei que já conhecia a cidade para visitar cidades pequenas como Igarassu, havia diagramado o livro de fotografias de José de Paula Machado um ano antes sobre a cidade e isso me trouxe essa curiosidade de conhecer. Fui a Porto de Galinhas que também não conhecia e a Santa Cruz do Capiberibe que foi uma viagem maravilhosa para quem tem espírito de aventura, claro. Atravessamos o sertão em um comboio para chegar lá e encontrar uma feira enorme de roupas onde se encontra gente de todo o país e países vizinhos, inacreditável.
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